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Serviço de Aconselhamento na gravidez e pós -parto Farmácias Correia Rosa Caldas da Rainha

Pós-parto: o bebé e a mamã

Foi mãe há pouco tempo? Tem algum novo membro na família? O período pós-parto é um momento único na vida, mas pode ser desafiante! Neste artigo iremos focar dois dos assuntos mais importantes nesta fase da vida: as visitas ao bebé e o estado emocional da recém mamã.

As visitas ao bebé

O nascimento de um bebé é sempre um momento muito ansiado para todos aqueles que lhe querem dar as boas-vindas. Apesar disso, as primeiras visitas deverão respeitar o espaço da mãe! Lembre-se que esta acabou de passar por um momento maravilhoso mas também por várias mudanças tanto a nível psicológico como físico. Além disso, o bebé nesta altura é bastante sensível aos sons, cheiros e a tudo o que o rodeia. Por tudo isto, os visitantes devem ter alguns cuidados.

7 cuidados a ter na visita do recém-nascido

  1. Visitar em casa apenas após 2 a 3 semanas do nascimento. Desta forma para a família tem tempo para se organizar e adaptar calmamente às novas rotinas.
  2. Lavar sempre as mãos antes de tocar no bebé e não beijar as suas mãos nem o seu rosto, pois o seu sistema imunitário ainda está em desenvolvimento.
  3. Marcar atempadamente a visita com os pais. Além disso, esta deve ser curta, pois nesta fase os pais estão cansados e as sestas dos bebés são as alturas em que poderão descansar ou organizar os seus afazeres.
  4. Adiar a visita se estiver doente.
  5. Evitar dar conselhos se os mesmos não lhe forem pedidos. Lembre-se que não se deve comportar como se o filho fosse seu.
  6. Tirar fotografias sem flash e não as publicar nas redes sociais sem autorização dos pais.
  7. Oferecer a sua ajuda para algumas tarefas que os pais possam precisar.

Além de visitar a criança, deve também mimar a mãe, que por vezes fica esquecida. Assim, tornará a visita inesquecível! 

Depressão pós-parto

Em primeiro lugar, devemos relembrar que apesar de estar enraizado na nossa sociedade o conceito de que a gravidez e o nascimento de um filho são períodos de enorme alegria para a mulher, nem sempre é assim. Na verdade, algumas mães sentem-se tristes. 

O nascimento de um bebé é um evento significativo, que modifica permanentemente o estatuto e responsabilidade da mulher. Portanto, isso faz com que este período seja de grande vulnerabilidade e facilitador de instabilidade mental. Por tudo isto pode surgir alguma perturbação emocional no pós-parto. E, esta pode incluir a Melancolia da Maternidade e a Depressão Pós-Parto (DPP).  

Melancolia pós parto

A Melancolia é experienciada por 70 a 80% das puérperas (recém-mamãs). Normalmente surge poucos dias após o parto e desaparece duas semanas depois. 

Quais as causas associadas?

A maioria dos autores, as causas podem estar relacionadas com o desequilíbrio hormonal e o esgotamento físico provocado pelo parto e pelos cuidados permanentes de que o bebé necessita. 

Como se caracteriza o estado melancólico pós-parto? 

O estado melancólico após o nascimento é um transtorno transitório do humor. Habitualmente, é marcado por sentimentos de insegurança e incapacidade em cuidar do bebé, choro, cansaço, irritabilidade e ansiedade. Na maioria das situações tudo se resolve e a mulher deve procurar o apoio familiar e desabafar. Além disso, deve acima de tudo, descansar o máximo possível.  

A depressão associada ao parto afeta 10 a 20% das mães e pode durar até 2 anos. 

Depressão pós parto

Quando a sintomatologia referida anteriormente permanece podemos estar perante uma situação mais grave. Assim como, quando tem início 2 a 8 semanas após o nascimento. Ou seja, se permanecer ou iniciar até ao final do primeiro ano podemos estar perante um quadro de Depressão Pós-Parto. 

A depressão associada ao parto afeta 10 a 20% das mães e pode durar até 2 anos. 

Quais as causas associadas? 

Sabe-se que vários fatores podem estar associados ao aparecimento deste quadro depressivo. Alguns autores referem que há fatores biológicos, psicológicos e emocionais envolvidos.

Como se caracteriza a depressão pós-parto? 

Os sintomas mais comuns são o humor depressivo com profunda tristeza, sentimentos de vazio, fadiga, irritabilidade, distúrbios do sono, pensamentos obsessivos (por exemplo, em magoar o bebé). Além destes, algumas mulheres chegam a ter sentimento e ideias suicidas. Logo, nesta situação a mulher deverá procurar um médico de modo a receber o tratamento adequado! 

Que tratamentos podem ser indicados? Muitas mulheres serão medicadas com antidepressivos. Contudo, o acompanhamento psicológico, psicoterapia, entre outros, é também necessário. 

Em suma, o tratamento e apoio familiar é obrigatório! Pois, para além dos efeitos devastadores na mãe, a depressão não tratada afeta toda a família e pode afetar gravemente a saúde e o desenvolvimento da criança.  

Após a leitura deste artigo, se se sente angustiada ou tem algum membro da sua família a passar por um período mais conturbado, lembre-se de procurar ajuda junto de um profissional de saúde. Nas farmácias Correia Rosa temos uma equipa sempre disponível para a/o ajudar. Visite-nos! 

Escrito por Mónica Rodrigues (mãe e conselheira de dermocosmética) e Dra. Catarina Afonso (mãe e farmacêutica da Farmácia Rosa). 

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