Os dois lados do sal: a importância do equilíbrio!
Já ouviu dizer que tem de cortar no sal? O médico pediu para controlar a pressão arterial? Neste artigo abordamos os benefícios e malefícios do sal, ou seja, os dois lados do sal e a importância de existir equilíbrio e controlo no seu consumo diário.
Mas afinal, o nosso corpo precisa de sal?
O sal tem um papel vital no nosso organismo. De facto, este é necessário para a regulação da quantidade de água, para a contração muscular, funcionamento cerebral e ainda para o controlo do ritmo cardíaco. Contudo, o corpo humano normalmente necessita de muito pouco sal – cerca de 2,5 a 5 g por dia! De modo geral, esta quantidade de sal está naturalmente presente nos alimentos que consumimos.
Em Portugal, em média, cada pessoa ingere cerca 2 a 3 vezes mais sal do que devia.
adaptado da Revista da Sociedade Portuguesa de Hipertensão
Na verdade, o que acontece é que, na maioria dos casos, ingerimos muito mais sal do que devíamos porque este está “escondido” nos alimentos processados. Por isso, é urgente iniciar uma redução do consumo de sal,evitando alimentos ricos em sal, como é o caso de enlatados e comidas pré-cozinhadas. Por outro lado, podemos diminuir a quantidade de sal que colocamos na comida ou até substituir o sal por outros condimentos.
O que acontece quando ingerimos demasiado sal?
O sal é constituído por dois iões: o sódio o e cloro. O excesso de sódio no organismo provoca retenção de líquidos que, por sua vez, faz aumentar a pressão arterial. Nesse sentido, se a pressão arterial estiver elevada durante muito tempo, pode dar origem a um diagnóstico de hipertensão arterial (HTA), que é uma doença crónica e silenciosa. Sendo uma doença silenciosa, é importante controlar frequentemente a pressão arterial. Para além disso, quando não é controlada, a hipertensão arterial aumenta a probabilidade de vir a ter eventos fatais como o AVC (acidente vascular cerebral) e o EAM (enfarte agudo do miocárdio).
Para além da hipertensão arterial, o excesso de sódio está também associado ao desenvolvimento de outras doenças como cancro do estômago, asma e problemas renais. Mais recentemente, descobriu-se que também está relacionado com a perda de massa óssea e com o desenvolvimento e/ou agravamento de doenças autoimunes.
3 dicas para diminuir o consumo de sal
Consumir alimentos sem sal pode parecer difícil a princípio, quando as células do paladar não estão ajustadas ao sabor menos intenso. Contudo, a utilização de substitutos do sal facilita essa adaptação, que acaba por acontecer em algumas semanas.
Algumas estratégias para substituir o sal incluem:
Adicionar ervas aromáticas como o alecrim, cebolinho, coentros, gengibre, hortelã, manjericão, orégãos, salsa e tomilho;
Preferir alimentos que conferem um sabor mais intenso aos cozinhados como o alho, limão e cebola
Utilizar sal sem sódio.
E para além da alimentação: o que posso fazer?
Ainda que a alimentação seja a melhor e a principal maneira de regular o consumo de sal, há que ter igualmente em atenção os suplementos e medicamentos não sujeitos a receita médica, que podem ter um teor elevado de sódio.
Um exemplo destes medicamentos são os comprimidos efervescentes, que contêm sódio na sua composição. Assim, é muito importante estar atento ao teor de sódio dos medicamentos e suplementos que não são prescritos pelo médico, para que não se exceda a toma diária 200 mg por dia.
Em suma, o sal tem funções importantes no nosso organismo, mas quando usado em demasia é prejudicial para a nossa saúde, sendo maiores as desvantagens do que as vantagens do seu uso.
Lembre-se que é melhor prevenir que remediar: controle a sua pressão arterial com regularidade e adquira desde cedo uma dieta com um teor equilibrado de sal… e viva uma vida livre de “tensões”!
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